Gerente da Divisão de Inovação e Tecnologia do Senai-RS, Victor Gomes, falou sobre a importância desse programa para a inovação na indústria. Fotos: Caroline Eberhardt, Fiergs, Divulgação

Programa Base: lançamento no RS exalta papel de startups focadas no futuro da indústria gaúcha

Iniciativa do Sistema FIERGS, da Embrapii e da Numerik contemplará 180 projetos dedicados a descobertas que podem revolucionar o setor industrial

Apresentar as startups deep tech não apenas como uma tendência, mas como via para o futuro da indústria gaúcha. Esse foi o mote do lançamento do Programa Base no Rio Grande do Sul, nesta quarta-feira (16), no Instituto Caldeira, em Porto Alegre.  Trata-se de uma iniciativa nacional inédita da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), em parceria com o Sistema FIERGS e a Numerik, focada na criação, no desenvolvimento e na aceleração de empresas dedicadas à elaboração de tecnologias inovadoras fundamentadas em pesquisas científicas. Para a FIERGS, o programa é fundamental para promover a inovação, uma das pautas prioritárias da gestão do presidente Claudio Bier, fomentando o protagonismo industrial em um cenário global que exige novas competências em tecnologias complexas.

Desenhado em quatro fases interdependentes, o programa conta com 150 vagas para as empresas que desejam atuar nesse campo, além de 30 bolsas para pesquisadores envolvidos diretamente com tecnologia. Os interessados podem ingressar de forma gratuita na fase que melhor se alinha às suas demandas, desde que cumpram os requisitos do regulamento presente no formulário de inscrição. A adesão pode ser feita até o dia 31 de julho.

O gerente da Divisão de Inovação e Tecnologia do Senai-RS, Victor Gomes, estimulou que os presentes refletissem sobre como ocorre a criação de novas tecnologias, exaltando a importância das deep techs na mudança da matriz econômica do Brasil. “A FIERGS, por meio do programa, não apenas apoia startups, mas também incentiva a colaboração entre universidades, centros de pesquisa e setor industrial, promovendo um ambiente de inovação que pode resultar em soluções impactantes para problemas reais do mercado”, disse.

O Base é o primeiro projeto voltado exclusivamente a esse tipo de startups no estado. Fugindo do convencional, as deep techs trabalham em cima de descobertas profundas, baseadas em ciência, para diversos segmentos, em especial o industrial. Por essa razão, seu processo de desenvolvimento tende a ser mais prolongado, mas com um grande potencial de resultado. “O cerne desse programa está na fronteira do conhecimento. Quem aderir pesquisará o futuro da indústria, coisas que ainda não existem. Então, também é sobre competência, mentes prontas para atuar em locais ainda não explorados”, afirmou a gerente de Redes de Inovação da Embrapii, Paula Nadai.

CIÊNCIA COM RESULTADOS CONSOLIDADOS

Durante o evento, o painel “Deep Tech: mais que um hype, uma revolução”, mediado pela jornalista do Grupo RBS Giane Guerra, apresentou o caso da Falker. Inicialmente uma startup tradicional, a empresa de tecnologia, hoje consolidada, se tornou pioneira em deep tech para agricultura de precisão e digital, diagnóstico de compactação do solo, manejo da adubação e controle de irrigação. Com uma equipe multidisciplinar e capacidade tecnológica que vai do software ao hardware, o portfólio da organização foi construído com base em pesquisa e ciência, visando o desenvolvimento de soluções inéditas para a agroindústria. “Na inovação, não adianta procurar caminhos que já deram certo. Precisamos estar preparados para errar e criar os nossos próprios caminhos. Copiando, a inovação perde seu sentido”, contou Albuquerque.

Outra história de sucesso é a da porto-alegrense TideSat. Nascida na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a startup desenvolveu a própria tecnologia para oferecer uma gama de serviços de monitoramento do nível de corpos hídricos naturais e artificiais, como rios, lagos, oceanos, reservatórios, lagoas e pântanos, baseados em refletometria – método de medição executado através da reflexão das ondas nos satélites de navegação marítima. A empresa ganhou notoriedade ao acompanhar e comunicar com precisão o nível das águas do Lago Guaíba durante a enchente de 2024.

SAIBA MAIS

Inscrições e informações sobre o Base podem ser acessadas no link https://conteudos.senairs.org.br/programa-base.

Rede Brasil Inovador

Aldo Cargnelutti é editor na Rede Brasil Inovador. Estamos promovendo os ecossistemas de inovação, impulsionando negócios e acelerando o crescimento econômico. Participe!

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